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Mostrando postagens de agosto, 2011
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Queria descomplicar um pouco que fosse a minha vida... sair sem ter que ficar horas em frente ao espelho, tomar sol sem ter que me encharcar de protetor solar, ficar sentada na fila do banco me preocupando se vai ou não ter um assalto. Todo esse tempo é perdido, eu poderia estar fazendo outras coisas... nadando nua num rio, pescando lambaris pro almoço, colhendo laranjas no pé e tomando chuvinha fria no lombo. Ao invés disso passo meu tempo encurtando minha vida com frivolidades que pouco vão importar depois que eu morrer. Há se pudesse comprar pão de pijama, varrer a calçada descalça e usar a moto só para viajar. Quem dera comer duas fatias de bolo sem culpa e correr apenas para perder uns quilinhos. E se meus cabelos não estão como eu gosto, raspá-los e deixar crescer como são, carapinhos.  Seria tão bão se eu pudesse me despir das frescuras e ser feliz na simplicidade somente...

Para Sempre

Carlos Drummond de Andrade Composição: Carlos Drummond de Andrade Por que Deus permite que as mães vão-se embora? Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento. Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio. Mãe, na sua graça, é eternidade. Por que Deus se lembra - mistério profundo - de tirá-la um dia? Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei: Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho

Parábola da vaca

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  Era uma vez, um sábio chinês e seu discípulo. Em suas andanças, avistaram um casebre de extrema pobreza onde vivia um homem, uma mulher, 3 filhos pequenos e uma vaquinha magra e cansada. Com fome e sede o sábio e o discípulo pediram abrigo e foram recebidos. O sábio perguntou como conseguiam sobreviver na pobreza e longe de tudo. - O senhor vê aquela vaca ? - disse o homem. Dela tiramos todo o sustento. Ela nos dá leite que bebemos e transformamos em queijo e coalhada. Quando sobra, vamos à cidade e trocamos por outros alimentos. É assim que vivemos. O sábio agradeceu e partiu com o discípulo. Nem bem fizeram a primeira curva, disse ao discípulo : - Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali em frente e atire-a lá em baixo. o discípulo não acreditou. - Não posso fazer isso, mestre ! Como pode ser tão ingrato ? A vaquinha é tudo o que eles têm. Se a vaca morrer, eles morrem ! O sábio, como convém aos sábios chineses, apenas respirou fundo e repetiu a ordem :