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Mostrando postagens de 2016
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No antigo Bairro do Marimbondo, hoje loteamentos Eldorado III e Ipê IV exi ste esta linda capela. Aqui houve o assassinato de Sr. Guido Izidoro Dall`Acqua pai do "Giácomo Dall`Acqua" era muito conhecido na região. Fazendeiro próspero. Uns oitenta e três anos se passaram e ninguém sabe ao certo quem lhe tirou a vida. As investigações chegaram a apenas um suspeito que foi levado para São Paulo e logo em seguida liberado. Sua morte permanece um mistério até os dias de hoje.
Pensamentos de Luiz Gama, confesso nunca havia ouvido falar nele...
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(...) O que sou e como penso, Aqui vai com todo o senso, Posto que já veja irados Muitos lorpas enfunados, Vomitando maldições Contra as minhas reflexões. Eu bem sei que sou qual Grilo De maçante e mau estilo; E que os homens poderosos Desta arenga receosos, Hão de chamar-me tarelo, Bode, negro, Mongibelo; Porém eu, que não me abalo, Vou tangendo o meu badalo Com repique impertinente, Pondo a trote muita gente. Se negro sou, ou sou bode, Pouca importa. O que isto pode? Bodes há de toda a casta, Pois que a espécie é muita vasta... Há cinzentos, há rajados, Baios, pampas e malhados, Bodes negros, bodes brancos , E, sejamos todos francos, Uns plebeus, e outros nobres, Bodes ricos, bodes pobres, Bodes sábios, importantes, E também alguns tratantes... Aqui, nesta boa terra, Marram todos, tudo berra; Nobres Condes e Duquesas, Ricas Damas e Marquesas, Deputados, senadores, Gentis-homens, vereadores; Belas Damas emproadas, De nobreza empantufadas; Repimpa
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Presságio O AMOR, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente... Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse P'ra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar... Fernando Pessoa
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Molho a pua numa lágrima nua e escrevo a minha ausência em linhas de adeus sozinhas nas minhas mãos. Mergulho o pincel dos pensamentos na tinta que me finta a vida e pinto os sentimentos com o azul abstracto dos meus céus e esvoaço até que pise e beije os chãos do infinito. Solto a alma e grito os ecos das canções frias e tristes que a noite compõe sobre a pele de mil e um tambores que rufam sós saudades e dores no meu coração em cinzas. Parto para longe e quebro os reflexos que as distâncias ditam e espelham sob os pés das minhas fés. Sorrio para adoçar os vinagres do silêncio que chorar enraíza no ver que o meu olhar sente.
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Lá no “Água Grande” a caminho da roça negritas batem que batem co’a roupa na pedra. Batem e cantam modinhas da terra. Cantam e riem em riso de mofa histórias contadas, arrastadas pelo vento. Riem alto de rijo, com a roupa na pedra e põem de branco a roupa lavada. As crianças brincam e a água canta. Brincam na água felizes… Velam no capim um negrito pequenino. E os gemidos cantados das negritas lá do rio ficam mudos lá na hora do regresso… Jazem quedos no regresso para a roça. Alda Espírito Santo/São Tomé e Príncipe
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Quero embelezar-te o olhar com a excitação dos meus olhos, adoçar-te os lábios com a paixão dos meus beijos, pôr-te a alma a voar com as asas da minha alma, aperfeiçoar a perfeição do teu corpo com os fogos do meu corpo, amar o teu amor com o meu amor, entrelaçar a gentileza das tuas mãos às sinas doces das minhas mãos, destravar-te o sangue com a velocidade poética que incendeia o meu sangue, enlouquecer a tua loucura com as minhas loucas loucuras, atrever-me no destino com as minhas aventuras, provocar-te sorrisos lindos com a sinceridade do meu sorriso, dar vida à tua vida com a vida viva do meu viver e respeitar-te. . . Henrique Fernandes
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Longevidade tomada pelo tempo, tombada sobre as cercas de qualquer lugar, revirada chama em cadeias de amar, candeias aos saltos na escuridão, semblante de corada paixão, vertigem só sobre o pó dum chão dormente, pouso sem pouso, repouso morto, sobras de uma insónia onde descontente a noite mora, hora que anoitece a cair, que acontece a sorrir, que chora e grita, que estafada morre morta, migalha à porta da má sorte de entrelinhas à tona das águas que os olhos a eito entornam sob o peito o ar que abafa e desfoca a cara, lágrimas que a poesia detona, que rebentam na alma em silêncio, Perturbações verdadeiras, fogueiras que enforcam a voz do vento, com saudade e adeus, corda presa ao céus, estátua viva num jardim de mil sombras, peneiras de muita idade nas fronteiras de ser ou não ser. Maturidade. . . Henrique Fernandes
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A ANUNCIAÇÃO Rio de Janeiro , 1962 Montevidéu Virgem! filha minha De onde vens assim Tão suja de terra Cheirando a jasmim A saia com mancha De flor carmesim E os brincos da orelha Fazendo tlintlin? Minha mãe querida Venho do jardim Onde a olhar o céu Fui, adormeci. Quando despertei Cheirava a jasmim Que um anjo esfolhava Por cima de mim...
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O Cântico da Terra Eu sou a terra, eu sou a vida. Do meu barro primeiro veio o homem. De mim veio a mulher e veio o amor. Veio a árvore, veio a fonte. Vem o fruto e vem a flor. Eu sou a fonte original de toda vida. Sou o chão que se prende à tua casa. Sou a telha da coberta de teu lar. A mina constante de teu poço. Sou a espiga generosa de teu gado e certeza tranquila ao teu esforço. Sou a razão de tua vida. De mim vieste pela mão do Criador, e a mim tu voltarás no fim da lida. Só em mim acharás descanso e Paz. Eu sou a grande Mãe Universal. Tua filha, tua noiva e desposada. A mulher e o ventre que fecundas. Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor. A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu. Teu arado, tua foice, teu machado. O berço pequenino de teu filho. O algodão de tua veste e o pão de tua casa. E um dia bem distante a mim tu voltarás. E no canteiro materno de meu seio tranqüilo dormirás.Plantemos a roça. Lavremos a gleba. Cuidemos do ninho, do gado e da tulha. Fartura te
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Hoje particularmente o dia está muito bonito, começou bem. Acabei de assistir uma reportagem sobre a Serra da Mantiqueira no Globo Rural, nossa quanta beleza nas nascentes dos rios, o reflorestamento de todo aquele berço de puras fontes cristalinas. Na verdade pelo que entendi todo aquele aglomerado de rochas é um depósito temporário das águas das chuvas um "imenso tanque furado." Assistir tanta beleza em só lugar chega me emocionar. Um dia irei até lá com tempo suficiente para conhecer o turismo rural e me apaixonar ainda mais por tudo que há por lá. Bom domingo à todos, bjusss!