Longevidade tomada pelo tempo,
tombada sobre as cercas
de qualquer lugar,
revirada chama em cadeias de amar,
candeias aos saltos na escuridão,
semblante de corada paixão,
vertigem só sobre o pó
dum chão dormente,
pouso sem pouso,
repouso morto,
sobras de uma insónia
onde descontente a noite mora,
hora que anoitece a cair,
que acontece a sorrir,
que chora e grita,
que estafada morre morta,
migalha à porta da má sorte
de entrelinhas à tona das águas
que os olhos a eito entornam
sob o peito o ar que abafa
e desfoca a cara,
lágrimas que a poesia detona,
que rebentam na alma
em silêncio,
Perturbações verdadeiras,
fogueiras que enforcam
a voz do vento,
com saudade e adeus,

corda presa ao céus,
estátua viva
num jardim de mil sombras,
peneiras de muita idade
nas fronteiras de ser
ou não ser.
Maturidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Comentários