Longevidade tomada pelo tempo, tombada sobre as cercas de qualquer lugar, revirada chama em cadeias de amar, candeias aos saltos na escuridão, semblante de corada paixão, vertigem só sobre o pó dum chão dormente, pouso sem pouso, repouso morto, sobras de uma insónia onde descontente a noite mora, hora que anoitece a cair, que acontece a sorrir, que chora e grita, que estafada morre morta, migalha à porta da má sorte de entrelinhas à tona das águas que os olhos a eito entornam sob o peito o ar que abafa e desfoca a cara, lágrimas que a poesia detona, que rebentam na alma em silêncio, Perturbações verdadeiras, fogueiras que enforcam a voz do vento, com saudade e adeus, corda presa ao céus, estátua viva num jardim de mil sombras, peneiras de muita idade nas fronteiras de ser ou não ser. Maturidade. . . Henrique Fernandes