Continua

Não posso esquecer a parte do registro em cartório, minha mãe queria que meu nome fosse Andreia e meu pai homenagear sua mãe então meu pai pra não deixar minha tão furiosa me deu a alcunha de Eugenia Aparecida (meu segundo nome é o da minha mãe) mas de nada adiantou o fim foi igualmente desastroso, minha mãe rejeitou-me e só me amamentava para que os seios parassem de doer e se passarão 3 anos e foi graças a esse leite que hoje posso fazer esse relato minha saúde foi perfeita por um tempo.Foi quando comecei a perceber que só eu comia sozinha me vestia sozinha e brincava só. Não tinha presentes caros mesmo meu pai podendo comprar e nem abraços de mãe, esqueci isso ela me empurrava e dizia chi que foi de novo com essa cara parece o patinho feio e eu me fechei no meu mundinho e comecei a me interessar pela figuras dos livros e fui pedindo pra meu pai me trazer livrinhos de historia que ele lia com paciência... então foi ai que me tornei a protegida meu pai tirava a tristeza dos meus olhos com qualquer coisa que eu olhasse por mais de 2 minutos e eu voltava pra casa de mãos cheias não de bonecas porque eu não as suportava, as que meu pai insistia em me dar eu jogava em cima da casa ou nos bueiros da rua eu gostava de disquinhos infantis, bonecas de papel que eu recortava e trocava suas roupas e livros muitos livros... Mas mãe mesmo só na certidão de nascimento.Foi do que me lembro mas meu pai depois de muitos anos de silêncio disse que foi muito pior e eu senti ela não conseguido tirar-me quando quis. Passados todos esses anos eu percebo que não tenho raiva dela mas as vezes esqueço que ela existe e isso dói as consequencias só vieram mais tarde e ao contrário dela nunca fui uma mãe ausente... Agora chega tá dando vontade de chorar, com esses fatos vocês conheceram um pouco de minha historia e descobrirão um pouco de mim em cada um de vocês.

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